quarta-feira, maio 16, 2007

Já começava a ficar assustada...


Hoje estava a pensar para os meus botões... estou a ficar burra, desde que tive a minha filhota que o esforço mental é maior. Eis se não quando encontro este artigo:

«Parte do cérebro sai com a placenta», «A senilidade é algo que se herda dos filhos», «O bebé comeu os meus neurónios». São frases como estas que têm perpetuado o mito sobre a diminuição da inteligência nas mulheres após terem filhos. Qualquer esquecimento ou distracção durante a gravidez ou no pós-parto é imediatamente atribuído à nova condição de mãe.

Nos EUA, o mito deu até origem à expressão «mommy brain» (cérebro de mãe), utilizada para designar pessoas menos dotadas de capacidades de raciocínio. Katherine Ellison, jornalista norte-americana, mãe de dois rapazes, farta deste «lugar comum» e motivada pela sua experiência de maternidade, que, segundo diz, a fez sentir «mais eficiente, mais energética, mais sociável e mais alerta», decidiu investigar o assunto.

Entrevistou dezenas de mães, neurocientistas, psicólogos e outros especialistas, de vários locais do mundo, e descobriu que, afinal, a maternidade pode tornar as mulheres mais espertas, em vez do contrário, como se pensava.

O resultado da investigação foi compilado no livro «The mommy brain: how motherhood makes us smarter» («O cérebro das mães: como a maternidade nos torna mais espertas»), que tem sido um sucesso nos EUA desde o seu lançamento, em 2005.

A autora não garante aumentos de pontuação em testes de QI, mas defende que as mulheres ganham novas faculdades mentais após terem filhos.

Segundo os estudos consultados por Katherine Ellison, isto deve-se, sobretudo, às alterações hormonais decorrentes da gravidez e da amamentação, mas também a outros factores: «Através de uma combinação dinâmica de amor, genes, hormonas e treino, o cérebro feminino torna-se mais sólido e sofre duradouras alterações durante o processo de dar à luz e criar crianças.

É uma transformação em grande escala, tal como a puberdade ou a menopausa», resume a jornalista. Grande parte da tese de Katherine Ellison é baseada nos ensaios com ratos realizados pelos neurocientistas Craig Kinsley e Kelly Lambert. Muitas das experiências consistiam em organizar competições por comida em situações adversas. As fêmeas mães conseguiram ficar sempre em vantagem em comparação às fêmeas sem filhos. Depois das provas, os investigadores dissecaram o cérebro dos animais e encontraram nas mães certas hormonas em maiores quantidades do que o habitual, justificando assim o seu melhor desempenho.

Analisando estes resultados e relacionando-os com as entrevistas, a jornalista chegou à conclusão que a maternidade aperfeiçoa cinco capacidades nas mulheres: percepção, eficiência, resiliência, motivação e inteligência emocional.

uuufff... :)

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